Abstract:

Poucos fenómenos tiveram consequências tão profundas ou duradouras na história humana como a emergência de Estados centralizados em grande escala no lugar de sociedades mais pequenas e mais locais. Este estudo examina uma consequência fundamental, e ainda inexplorada, da formação do estado: o seu legado genético. Estudamos o impacto genético da centralização do Estado durante a formação do eminente Reino de Kuba pré-colonial da República Democrática do Congo (RDC), no século XVII. Analisamos dados genéticos de mais de 690 indivíduos amostrados de 27 diferentes grupos étnicos da Província Central de Kasai, na RDC. Comparando os padrões genéticos dos actuais Kuba, cujos antepassados faziam parte do Reino Kuba, com os dos grupos não Kuba vizinhos, mostramos que os Kuba de hoje são geneticamente mais diversos e mais semelhantes a outros grupos na região do que o esperado, consistentes com a unificação histórica de subgrupos distintos durante a centralização do estado. Também encontramos evidências de mistura genética datando da época do Reino no seu ponto mais proeminente. Em conjunto, nossas descobertas mostram o poder da genética para entender melhor os comportamentos tanto das pessoas quanto das instituições no passado.

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