Um namoro é um vínculo social de natureza amorosa que, tradicionalmente, teve origem com a intenção de servir de prelúdio ao casamento. No entanto, com o tempo, o namoro tem se tornado mais flexível, permitindo a possibilidade de originar-se sem este propósito em mente. Qualquer que seja a sua finalidade, há uma característica que diferencia este vínculo social de outros semelhantes, e que é que ambos os parceiros (conhecidos como noivos) mantêm uma relação muito íntima de amizade.
Esta forma de relação tem a sua origem no século XX. Antes dessa época, não havia um estado de transição entre a singeleza e o casamento, um lugar que mais tarde seria ocupado pelo namoro. Naquela época, a palavra “noivo” era usada apenas para designar os protagonistas de uma cerimônia de casamento, assim como para se referir ao recém-casado e àquele que estava prestes a formalizar seus votos de casamento.
Betrotal
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No início do século passado, um noivado poderia ser entendido como o regime sistemático de visitas respeitado por qualquer casal que pretendesse casar. De acordo com o modo de vida da época, era compreensível que estas visitas se realizassem dentro da casa da noiva, que costumava viver com ambos os pais, que se encarregavam de permitir que os amantes se encontrassem, mas sob rigorosa supervisão. Com a repetição desses encontros, a comunidade poderia inferir que ali se realizaria um casamento.
algumas décadas depois, mais especificamente durante a década de 1930, o paradigma do namoro mudou radicalmente nos Estados Unidos e na Europa. Nessa época, o namoro foi formalmente estabelecido como um prelúdio ao casamento, com ambos os parceiros agindo como noivos. Esta redefinição do conceito foi trazida pelo advento do automóvel, uma mercadoria comum à maioria dos assalariados masculinos, que se tornou o novo cenário de encontros, movendo a data de casa para o exterior.
Durante os anos 60, o advento da pílula anticoncepcional tornou-se um pilar fundamental do movimento feminista. Graças a este método, as mulheres podiam agora decidir quando conceber uma criança, o que provocou uma nova mutação na ideia de cortejo. Esta relação veio a ser entendida como um laço de amor entre duas pessoas que não termina necessariamente em casamento. Esta idéia tem sido amplamente aceita no mundo ocidental e tem sido mantida até hoje.
Embora esta definição tenha sido estável por várias décadas, hoje é possível observar uma leve variação que é típica dos nossos tempos. Assim, dois tipos de casais podem ser distinguidos dentro do campo moderno do amor: por um lado, há o casal tradicional, marcado pelo amor filial e pelo desejo de compromisso; por outro, há o casal libertador, caracterizado pela busca do prazer sexual e pela independência de ambas as partes.
Sinônimos para o namoro
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compromisso, idílio, caso amoroso
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