Estamos viajando de volta no tempo para conhecer uma enfermeira britânica única que salvou a vida de muitos soldados durante a Primeira Guerra Mundial. Ela é lembrada hoje por sua bravura e compaixão, bem como por sua morte trágica, que chamou a atenção de milhares de pessoas em todo o mundo. Leia tudo sobre a vida de Edith Cavell…

Edith Cavell facts

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Nome completo: Edith Louisa Cavell
Nascido: 4 de Dezembro de 1865
Cidade natal: Swardeston, Norfolk, Inglaterra.
Ocupação: Enfermeira
Falecida: 12 de Outubro de 1915
Melhor conhecida por: Seu trabalho como enfermeira na Primeira Guerra Mundial – e por ter sido condenada à morte por ajudar soldados Aliados a escapar do território alemão.

A primeira vida de Edith Cavell

Edith Cavell nasceu na aldeia de Swardeston, em Norfolk, Inglaterra. Seus pais eram Louisa Sophia e o Reverendo Frederick Cavell – o vigário de uma igreja local. Ela tinha três irmãos mais novos: duas irmãs, chamadas Lillian e Florence, e um irmão, chamado John.

Quando ela era uma menina, Edith e suas irmãs estudaram no vicariato onde moravam. Ela provou ser uma artista muito bonita em seus primeiros anos e tinha uma paixão por pintar lindas flores.

Por volta dos 15 anos de idade, ela se matriculou na Norwich High School for Girls, e mais tarde foi para três diferentes internatos.

Edith estudou muito, e tinha um talento particular para aprender francês – um talento que deveria usar na sua vida profissional…

Que trabalho fazia Edith Cavell?

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Em 1890, Edith mudou-se para a cidade de Bruxelas, na Bélgica, para trabalhar como governanta (uma mulher que ensinava crianças numa casa privada) para a família François. Ela passou lá cinco anos, dando aulas aos quatro filhos da família – Marguerite, Georges, Hélène e Eveline.

Ela também se mostrou muito boa no seu trabalho, tendo uma abordagem gentil mas rigorosa ao ensino. Durante seu tempo na Bélgica, ela também continuou a pintar e aperfeiçoar seu francês.

Sadly, em 1895, o pai de Edith adoeceu e Edith voltou para Swardeston para estar com ele. Mas, tudo está bem, como se costuma dizer! Edith ajudou a cuidar dele de volta à saúde, e ficou se sentindo inspirada. Edith Cavell tinha agora uma nova paixão – ela queria tornar-se enfermeira.

A carreira de enfermeira de Edith Cavell

Em 1896, Edith passou alguns meses no Fountains Fever Hospital para ver se a enfermagem era a profissão certa para ela. E o que você sabe… com certeza foi! Mais tarde naquele ano, ela foi aceite no Royal London Hospital para começar a sua formação profissional.

Não demorou muito até que a Edith pusesse em prática as suas capacidades de enfermagem. Em 1897, uma doença mortal chamada Tifóide surgiu na cidade de Maidstone em Kent, Inglaterra, e Edith – juntamente com várias outras enfermeiras – foi enviada para ajudar aqueles que sofriam.

Ela fez um grande trabalho, e até recebeu uma ‘Medalha Maidstone’ – um prêmio dado àqueles que trabalharam duro para vencer a epidemia mortal. Yay para Edith!

Edith Cavell volta à Bélgica

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Nos anos seguintes, Edith trabalhou em vários hospitais na Inglaterra. Mas, em 1907, ela foi convidada a voltar à Bélgica para ajudar a cuidar de uma criança doente, sob os cuidados do Dr. Antoine Depage.

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Por esta altura, Edith era uma enfermeira muito respeitada e não demorou muito até que o Dr. Depage tivesse outro emprego para ela – um trabalho importante com muita responsabilidade.

Ele abriu a primeira escola de formação de enfermeiras da Bélgica chamada L’École Belge d’Infirmières Diplômées (Instituto Médico Berkendael) e colocou Edith Cavell no comando. Ela provou ser a pessoa perfeita para o trabalho e fez da escola um grande sucesso.

Na verdade, Edith fez um trabalho tão bom que, após apenas um ano, ela estava treinando e fornecendo enfermeiros para três hospitais, 24 escolas e 13 creches. Coisas impressionantes, eh?

Edith Cavell e a Primeira Guerra Mundial

Em 1914, durante uma das suas viagens de regresso a Norfolk para visitar a sua família, chegaram notícias à Edith sobre o surto da Primeira Guerra Mundial – uma enorme guerra travada entre os Aliados de um lado (o Império Britânico, França, Bélgica, Rússia e mais tarde, os EUA), e as Potências Centrais do outro (Alemanha, Áustria, Hungria, Bulgária e Turquia).

Após ouvir falar de todos os homens que foram enviados para combater em sangrentas batalhas, ela decidiu que deveria ajudar. E assim, mais uma vez, ela partiu de volta para Bruxelas, na Bélgica, onde o seu hospital tinha sido convertido num hospital da Cruz Vermelha para cuidar das vítimas da guerra.

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Ali, ela encorajou as enfermeiras a tratar quaisquer soldados que passassem pelas suas portas, independentemente do lado em que estivessem a lutar.

Fatos da Primeira Guerra Mundial>

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Em Agosto de 1914, as forças alemãs avançaram para a Bélgica e assumiram o controlo do país. Foi nessa altura que Edith tomou uma decisão que iria mudar o seu destino – ela decidiu ajudar os soldados britânicos, belgas e franceses a fugir para a Holanda, um “país neutro” onde estariam seguros.

Trabalhando de perto com uma rede secreta de pessoas, ela abrigou os soldados Aliados no seu hospital até que eles estivessem bem, e depois contrabandeou-os para fora através de uma passagem subterrânea. Ela também ajudou a fornecer-lhes um pouco de dinheiro, cartões de identidade falsos e senhas secretas para a sua fuga.

A polícia alemã desconfiou de Edith, e os seus colegas exortaram-na a fugir para se salvar. Edith recusou e insistiu em ficar e ajudar os soldados aliados a deixar a Bélgica.

Mas em agosto de 1915, um desastre aconteceu quando um espião belga descobriu o túnel secreto sob o hospital e o denunciou às autoridades. A 3 de Agosto, Edith foi presa e mantida em reclusão. Quando interrogada por oficiais alemães, ela escolheu não mentir e confessou tudo…

Ajuda Edith Cavell!

Palavra da prisão de Edith espalhou-se rapidamente, e houve um clamor internacional pedindo que ela fosse libertada.

Muitas pessoas sentiram que ela deveria ser tratada com misericórdia, dado que ela tinha feito tanto trabalho para ajudar e cuidar tanto dos soldados aliados como dos alemães.

Sadly, os seus gritos não foram ouvidos, e após um breve julgamento, Edith foi considerada culpada de traição e condenada à morte.

Políticos de diferentes países alegaram que a sua sentença de morte fosse reconsiderada, mas a decisão foi definitiva. E, tragicamente, em 12 de outubro de 1915 Edith Cavell foi executada por um pelotão de fuzilamento alemão em Bruxelas.

Após a morte de Edith…

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Edith Cavell foi enterrada no campo de tiro onde ela foi executada. Mas o seu nome continuou vivo – muito, de facto.

Muitos jornais, particularmente na Grã-Bretanha e na América, escreveram sobre a sua morte e como Edith Cavell era heróica. Eles também usaram sua execução como ‘propaganda’ – para fazer as pessoas pensarem nas forças alemãs como brutais e cruéis, e para encorajar os homens a entrar na guerra e lutar contra elas.

Mas muitas pessoas argumentam que isso estava longe do que Edith teria desejado. Até hoje, as pessoas estão espantadas com a incrível dignidade com que Edith encontrou sua morte.

Aquele que aceitou sua sentença, descrevendo-a como “justa”, e até mesmo mostrou completo perdão para com seus algozes. Durante uma visita de um reverendo chamado Stirling Gahan, na noite anterior à sua execução, ela disse as famosas palavras:

“O patriotismo não é suficiente; eu não devo ter ódio ou amargura a ninguém”

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Em 13 de maio de 1919, após o fim da guerra, o corpo de Edith foi devolvido à Inglaterra. Um culto memorial foi realizado para ela na Abadia de Westminster em Londres, e milhares de pessoas alinharam as ruas da cidade para prestar seus respeitos.

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Ela foi mais tarde enterrada na Catedral de Norwich, perto de sua cidade natal, Swardeston.

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Como Edith Cavell é lembrada?

Uma figura importante na história europeia, Edith Cavell é reconhecida como uma pioneira da enfermagem moderna na Bélgica. Ela é lembrada por salvar a vida de muitos soldados durante a Primeira Guerra Mundial, independentemente do lado pelo qual estavam lutando.

Além disso, ela colocou a segurança dos outros à sua frente, e aceitou seu destino com incrível dignidade.

Em 1920, uma estátua de Edith Cavell foi revelada perto da Praça Trafalgar, com quatro palavras gravadas – quatro palavras que descrevem as qualidades pelas quais esta mulher notável é melhor lembrada: Humanidade, Fortaleza, Devoção e Sacrifício.

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