Se você já usou um aplicativo de namoro, ou conhece alguém que tem, é provável que você já ouviu falar do termo “fantasma”, que se refere a uma pessoa que alguém encontra na vida real, mas depois nunca mais ouve falar de outra pessoa. Mas e quanto às pessoas que acumulam encontros mas nunca os enviam mensagens, ou aquelas que se passam sem parar só para sentir que estão fazendo algo sobre seu status de solteiro?

Há vários termos novos que os especialistas estão usando para descrever o comportamento das pessoas em aplicativos de swiping como Tinder, Bumble e Happn.

“Coletores” são pessoas que combinam com muitas outras mas não têm intenção de enviar mensagens ou se encontrar, de acordo com Anna Machin, antropóloga da Universidade de Oxford.

“Sabemos de pesquisas que existem algumas pessoas que usam aplicativos de encontros que não estão necessariamente lá para encontrar um encontro, mas eles estão vendo competitivamente quantos encontros eles recebem, então eles não vão necessariamente se conectar de fato com ninguém. Eles são chamados de ‘colecionadores’ e eles simplesmente estão lá para aumentar sua própria auto-estima, talvez obtendo o número de partidas por dia”, disse ela à CNBC.

Os homens têm muito mais probabilidade de se desdobrar em cada perfil que vêem, de acordo com um estudo de 2016 sobre o comportamento heterossexual no Tinder. Ele mostrou que 35% dos homens “gostaram casualmente” da maioria dos perfis, enquanto zero mulheres relataram ter feito isso. Noventa e um por cento das mulheres disseram que só gostavam de perfis pelos quais se sentiam atraídas, enquanto 72% dos homens disseram o mesmo.

“Obliga-swiping”, é outra frase e refere-se ao ato de procurar uma correspondência em um aplicativo. “Há outro novo termo que saiu chamado ‘obliga-swiping’, que é você deslizar, e então você diz a si mesmo que está fazendo algo para encontrar um parceiro, mas na verdade você nunca mais leva isso adiante”, explicou Machin.

Consumidores gastaram 2,2 bilhões de dólares em aplicativos de namoro em 2019, de acordo com App Annie, um rastreador de dados do aplicativo. Essas compras no aplicativo incluíram upgrades para que os usuários possam ver quem gostou deles ou ter mais controle sobre seu perfil, como esconder sua idade ou localização. E são empresas como Match Group – que possui os aplicativos Tinder e Hinge, assim como Match.com e OKCupid – e Magic Lab, proprietário do Bumble e Badoo, que compõem uma grande parte do mercado de encontros online.

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